sexta-feira, maio 06, 2005

 

A Política do Vaticano

Uma Igreja que censura teses e trabalhos sociais que motivem os fiéis a não esperarem do céu a divina graça, mas buscarem na Terra uma vida melhor, como a pouco divulgada Teoria da Libertação

Ontem, na aula de inglês, tínhamos de realizar uma apresentação como nossa prova oral. Eis que eu, sempre esquecida, esqueci de preparar o tal trabalho. De improviso, me propus a falar sobre a atual política do Vaticano. É lógico que me embananei toda com palavras como conservador (conservative), aborto (abortion) e ostentação (ostentation). Na próxima vez, vou confiar mais no ‘embromation’.

Falei sobre o papel midiático do ex-papa João Paulo, do quanto a Igreja Católica usou seu falecimento para reconquistar fiéis, do quanto esta mídia manipulou, abusou do sensacionalismo noticiando ‘if the pope could speak or not, if the pope ate or not, how many believers where praying for him’, etc...

Falei também sobre o direcionamento político do Vaticano com a eleição deste novo Papa. Que para combater o enfraquecimento da Igreja Católica na Europa, a aposta não em uma reformulação dos preceitos pregados desde o tempo da inquisição, mas em uma doutrina cada vez mais ‘conservative’.

Indaguei: “nós nos perguntamos como os norte-americanos podem ter reeleito o Bush, com sua visão contra homossexuais, contra o desenvolvimento de pesquisas científicas (células-tronco), da luta entre o bem o mal (o que também lembra o nosso presidente da câmara dos deputados, seu Severino). Qual é a diferença entre essas pessoas, que o reelegeram, e os preceitos da Igreja Católica?

Uma Igreja que censura teses e trabalhos sociais que motivem os fiéis a não esperarem do céu a divina graça, mas buscarem na Terra uma vida melhor, como a pouco divulgada Teoria da Libertação, baseada em nomes como Leonardo Boff , Frei Betto e Dom Pedro Casaldaglia.

A apresentação acabou virando um debate muito bom, com as pessoas argumentando, questionando... Não apenas sobre a Igreja Católica, mas todas as religiões. Não sei qual será minha nota, mas confesso que por ter levantado esta lebre na sala de aula, já fiquei muito feliz.

Após o fim da aula, fiquei algum tempo conversando com a teacher. Ela comentou sobre a ausência destes tópicos no dia-a-dia. Me perguntou sobre meios em que poderia aprender mais sobre o assunto. Respondi que eu, até concluir a faculdade, não sabia nada sobre esse lado obscuro das coisas. Que com o tempo fui aprendendo a entender como a realidade funciona e, em conseqüência, cada vez menos otimista (rs).

Sinceramente, tem uma coisa que agradeço a Deus por ter assimilado na vida: não há outra saída senão estudar. Aprender, aprender e aprender. Mas pelos canais certos, pois há muita fonte tendenciosa querendo manter o status quo do poder. Sobre o papa, meu interesse despertou através de um artigo assinado por Mino Carta na Revista Carta Capital: “Conservadorismo In Extremis”. Depois disso, pesquisando nas fontes certas, encontrei muito conteúdo interessante. Para quem quiser ‘perder’ alguns minutos do seu dia, eis os links:

Meu Papa Preferido - Frei Betto
Aos Órfãos da Igreja - Leonardo Boff
Vaticano: Patrimônio de Bilhões e Escândalo Fincanceiro
A Igreja é Mais que o Papa - Casaldaglia
Site de Leonarod Boff

Comments: Postar um comentário

<< Home

This page is powered by Blogger. Isn't yours?