quarta-feira, setembro 27, 2006

 

Aos velhos tempos de lucidez...

Acabei de assistir mais um filme da mostra de cinema cubano... Engraçado... Tantos pensamentos vieram à cabeça, tantos questionamentos... Entretanto, o mais nítido:
- Onde estive todo esse tempo?

O pior é que sei a resposta... Pra não morrer sufocada nas angústias da realidade, passei ao mundo alienado... Para respirar um pouco, viver um pouco, sofrer menos, quem sabe... (relendo agora, por quê encomendar desculpas a mim mesma?)

Primeiro, me atolei na academia... Todas as noites, séries intermináveis de exercícios... Barriga sarada, disposição, cansaço, disposição, cansaço... Um círculo vicioso... Em troca de quê? Não sei direito até agora... Bem que não podia estar tão sedentária assim...

Depois, passei a apertar o foda-se totalmente... Trabalhar, sair, beber, dormir, trabalhar, sair, beber, domrmir... Outro círculo vicioso... Engraçado... Fez muito bem, ainda faz... Entretanto, essa consciência minha não abandona... Ainda bem...

Giros e giros (dá vontade de voltar atrás e apagar tudo o que escrevi) pra se chegar ao ponto: PUTA MERDA! Estou ficando COMO OS NOSSOS PAIS! (Saudosa Elis Regina...)

Não... Não sou desse mundo... Sou a minoria, que não se deixar hipnotizar pelo cotidiano... Que olhos são aqueles, daquele médico cubano, em intercâmbio no Haiti para adiar a morte de um miserável... Queria ele poder fazer mais...

Cá eu me vejo... Bebendo coca light...

Cá eu me pego pensando: "Não perca essa consciência, não se perca..." Em lampejos, crio expectativas em me largar no mundo. Planos em, através da fotografia e no poder da narrativa que creio ter, me lançar pela Bolívia, Haiti, Cuba... Onde o marrom da terra encarde as casas de madeira, os pés no chão...

Definitivamente... Eu não sou daqui... Ou melhor: eu não quero!

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